sábado, 8 de dezembro de 2012

"As obras que não nos abalam o coração afastam-se, segundo me parece, da verdadeira finalidade da arte. É sempre muito agradavél, no meio das tantas desilusões da vida, podermos reportarmo-nos pelo espírito a nobres caracteres, a afeições puras, a quadros de ventura".
 [Gustave Flaubert]



"Sentia necessidade de poder tirar das coisas uma espécie de proveito próprio, e repelir como inútil tudo aquilo que não contribuísse para a alegria imediata do coração, porque tinha um temperamento mais sentimental que artístico, procurando emoções e não paisagens".
 [Gustave Flaubert]


"...tinha essa inexprimível beleza que resulta da alegria, do entusiasmo, 
do êxito, e que nada mais é que a harmonia do temperamento com as circunstâncias. 
Os desejos, as tristezas, as experiências do prazer e as ilusões sempre novas,
 à maneira do que às flôres fazem o adubo, a chuva, os ventos e o sol, tinham-na desenvolvido gradativamente, e ela se desabrochava enfim em tôda a punjança de sua natureza". 
[Gustave Flaubert]


"Entretanto, as chamas abrandaram-se, seja porque a provisão se esgotasse,seja porque
a acumulação fosse muita. Extinguiu-se o amor, pouco a pouco, pela ausência;
 à saudade sucedeu o hábito; e aquele clarão de incêndio que lhe ruborizava
 o céu desmaiado se descobriu de mais sombra e desapareceu gradativamente". 
[Gustave Flaubert]


"Quanto mais próximas lhe ficavam as coisas, mais o seu pensamento se afastava delas".